A sua obra, que funciona como crítica social, demonstra direitos que pessoalmente também defendo. Amar é amar. Apenas precisamos de entender a naturalidade do amor para nos tornarmos pessoas melhores. Senti uma grande empatia ao ler o seu livro, visto que defendemos as mesmas ideias. Para mim, este texto relembra-me muito o meu tempo de criança, apesar de ser uma crítica à sociedade e a temas mais intensos, como o que é a vida e o medo do desconhecido, estarem subentendidos na sua obra. Quando era mais nova, imaginava que os bonecos, objetos e outros brinquedos se podiam mexer e acredito que existem muitas pessoas que, se calhar, pensaram o mesmo.
JORNAL DA ESCOLA SECUNDÁRIA LEAL DA CÂMARA
Ver imagem O rosto da mulher madura entrou na moldura de meus olhos. Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camelôs. Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria. A mulher madura, com seu rosto denso esculpido como o de uma atriz grega, tem qualquer coisa de Melina Mercouri ou de Anouke Aimé. Enfim, desborda. A mulher madura nada no tempo e flui com a serenidade de um peixe. O silêncio em torno de seus gestos tem algo do repouso da garça sobre o lago.
Menina Madura
Jesus, eu te amo tanto, eu quero me abandonar nos teus braços, faze de mim o que quiseres. Quem escreve é uma criança. Uma pequenino de apenas seis anos. Chama-se Antonietta Meo e para os familiares: Nennolina. Morreu em Roma três meses depois de câncer nos ossos.